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Região do CIOESTE: perspectivas promissoras para o comércio exterior.

Uma das iniciativas mais interessantes e republicanas, das muitas que vi por essas bandas, é a criação do CIOESTE que engloba as sete cidades da Região Oeste (Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba) e Cotia. A criação do Consórcio passa pelo diagnóstico de que há problemas regionais que devem ser pensados e resolvidos em conjunto, as soluções não são simples nem individuais, a conjunção de esforços para o desenvolvimento, não é tarefa para um só município. É aquela velha e, muitas vezes, esquecida máxima: unidos somos fortes!

Com este mesmo pensamento, em outro patamar, ainda não institucional, foi criado o CICERO – Comitê de Incentivo ao Comércio Exterior da Região Oeste, que inclusive se propõe a ser a câmara temática de Comércio Exterior do CIOESTE. E, se me permitem a indiscrição, propositura que conta com a simpatia do prefeito de Osasco, Jorge Lapas.

O objetivo explicito do CICERO (que sendo aberto, reúne atualmente  ACEO, Prefeitura de Osasco, Sebrae, Ciesp-Castelo, Unifieo/Comércio Exterior, America Comex e Comex Connect)  é a criação de uma nova cultura na região, em particular,  para as pequenas e médias empresas, demonstrando que o comércio exterior não é um bicho de sete cabeças, podendo alavancar os negócios e impulsionar o processo de inovação  empresarial.

Dentro deste principio é que será realizado o 1º Concex – Congresso de Comércio Exterior da Região Oeste, nos dias 11 e 12 novembro no Unifieo. Como preparação deste congresso, na Fundação Seade, tenho feito, com a participação generosa de colegas, alguns estudos sobre comércio exterior, especificamente, da região.

Constatou-se que entre 1999 e 2013 houve uma significativa evolução do comércio exterior nos municípios participantes do CIOESTE. As exportações cresceram 249% em dólares, enquanto as importações cresceram 265%. Estes percentuais, aparentemente semelhantes, envolvem valores absolutos bem díspares. Em termos absolutos, as importações em 2013 foram 278% acima das exportações, déficit na balança comercial regional de US $ 4.835 milhões de dólares. Com algum esforço para diminuição deste déficit já haveria um grande avanço das exportações regionais.

Como primeira conclusão pode-se afirmar que o potencial é enorme, os resultados também podem ser excelentes. O CICERO e o 1º CONCEX têm como proposta entrar nesta seara. Mostrar para as empresas da região que é possível a utilização do mercado internacional para o aumento da produtividade e da competitividade empresarial. O que permitirá aumento no lucro e crescimento do faturamento para as empresas que se internacionalizarem com reflexos quanto à evolução do emprego, crescimento do PIB e da arrecadação, gerando transbordamentos positivos para o conjunto da região.

Antônio Carlos Roxo, economista pela UFJF, mestre pela UFMG, doutor pela USP, é coordenador do curso de Comércio Exterior e Negócios Internacionais e membro fundador do Grupo de Estudos de Comércio Exterior e Relações Internacionais do UNIFIEO – GECEU.  É, também, analista da Fundação Seade e membro fundador do CICERO – Comitê de Incentivo ao Comércio Exterior da Região Oeste.    

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